terça-feira, 28 de junho de 2016

Família Corvidae

Família Corvidae

Esta família inclui os corvos, gralhas e gaios. São aves grandes com complexidade de comportamentos. Essa família compreende vários gêneros, encontrados facilmente nas cidades européias com arborização, como o gênero pica (pega-rabuda) e corvus (corvo-comum, gralha-calva e gralha-cinzenta).

No Brasil encontramos o gênero Cyanocorax, (em latim literalmente azul corvo, ou corvo azul) que compreende as gralhas. Aves da Mata Atlântica da Serra do Mar. Vivem nas matas em grupos, pousam no alto dos pinheiros onde vocalizam.bA partir de outubro inicia o período reprodutivo envolvendo todos do grupo na construção de ninhos de gravetos em lugares altos, como o topo das araucárias. São colocados em torno de 4 ovos. Elas alimentam-se de insetos, frutas e sementes.

Gralha-azul   Cyanocorax caeruleus
A gralha-azul, tem a plumagem  azul, a cabeça, parte da frente do pescoço e do peito são pretos. Não há dimorfismo sexual, porém as  fêmeas são um pouco menores do que os machos. Elas tem o comprimento de 40 cm.   Alimentam-se de insetos, invertebrados, frutos e pinhões. A reprodução ocorre entre  outubro a março, época em que constroem ninhos na parte alta das árvores, onde são incubados 4 ovos.





Sempre quando pensamos nas gralhas no sul do Brasil lembramos da sua conexão com as araucárias, pois elas fazem um trabalho muito importante na disseminação das araucárias. No outono, período dos pinhões, estes são recolhidos por elas e enterrados como estoque de alimentação futura. Muitas dessas sementes germinam, brotando novas araucárias.
As fêmeas são menores, possuem plumagem azul em todo corpo com exceção da cabeça e pescoço que são pretos.
 A gralha-azul é “ave símbolo” do Estado do Paraná e de lá vem uma lenda da missão dessa ave.
 A lenda contada no Paraná, revela a missão divina das gralhas. No começo elas eram escuras e uma delas pediu a Deus que as engrandecesse com uma bela missão, então Deus lhe deu um pinhão. A gralha o enterrou e mais tarde foi procurá-lo, mas esqueceu o local certo. Com o tempo ela percebeu uma nova araucária no local onde enterrou a semente, cuidou da árvore. Ciente do que havia acontecido enterrou outras sementes o que deu origem as florestas de Araucária. Quando Deus viu o que havia acontecido premiou essas aves com a cor azul do céu, para que todos soubessem que elas tinham uma grande missão na terra.


Família Turdidae



Família Turdidae
Esta família é constituída pelos sabiás. São aves pequenas e de médio porte.  Muitas espécies são cosmopolitas, encontradas em parques, pomares e nas cidades, principalmente o sabiá-laranjeira, que é considerada a ave símbolo nacional. Essas aves tem um repertório musical muito diversificado.
Na região são mais encontrados os seguintes:

Sabiá-barranco – Turdus leucomelas
Sabiá-coleira – Turdus albicollis
Sabiá-ferreiro – Turdus subalaris
Sabiá-laranjeira – Turdus rufiventris
Sabiá-poca – Turdus amaurochalinus


Sabiá-coleira – Turdus albicollis

Esse sabiá é difícil de ser avistado, é muito arisco, mas ouvimos seu canto.  Mede em torno de 20 cm. As fêmeas são maiores do que os machos. São onívoros, forrageiam no chão da mata, alimentam-se de frutos e insetos. Cabeça cinza, possui estrias rajadas de negro no pescoço e uma coleira branca. Seu dorso é cinza com ferrugem, flancos de cor ferrugem e abdômen com plumagem acinzentada.

 Sabiá-coleira ciscando no chão a procura de insetos





terça-feira, 21 de junho de 2016

Bem-te-vi

Bem-te-vi  pitangus sulphuratus

 O bem-te-vi é muito popular no Brasil, seu nome é uma onomatopeia de seu canto, bem-te-vi. Encontrado em toda a América Latina. Essa ave tem grande capacidade de -adaptação podendo ser encontrada em todos os lugares, desde centros urbanos, praias, campos e florestas.
O nome científico, pitangus sulphuratus, significa pitanguá amarelo, devido ao seu peito amarelo ( latim sulphuratus) . Ave de porte médio pode chegar até 25 cm. O dorso é marrom, garganta esbranquiçada, possui uma lista branca sobre os olhos. No alto da cabeça possui um topete escondido que se eriça mostrando a plumagem amarela. Seu bico é preto. Ele pode ser confundido com outros parecidos,  devido a cores semelhantes como o neinei, porém este tem o bico maior. O bico do bem-te-vi é preto, meio encurvado e longo.
Essa ave é insetívora, devora centenas de insetos, o que ajuda no controle de pragas. Alimenta-se também de frutas como laranja, maçã, pitanga e pequenos anfíbios, pequenos roedores e ovos de outros pássaros. Seu ninho pode ser construido de várias maneiras, em forma de tigela funda, com cavidade lateral, em ocos de árvores ou em cavidades nas estruturas feitas pelo homem. Utiliza-se de materiais naturais para a elaboração de ninho, mas em centros urbanos já foram vistos outros materiais na confecção do ninho, como papéis, plásticos e fios.
Essa ave é muito territorialista, enfrenta aves de rapina quando ameaçam seu ninho.
Costuma pousar em pontos altos , como postes de luz, topo de pinheiros e telhados, onde anunciam o inicio da manhã com seu canto inesquecível!




domingo, 5 de junho de 2016

Família Cuculidae



Família Cuculidae – Aves encontradas em todo o mundo. Pertencem a essa família os cucos, anus e sacis. A maior diversidade encontra-se na América e na Europa. Muitos são parasitas, colocam seus ovos nos ninhos de outras aves. Quando isso não acontece são as fêmeas que incubam e cuidam da prole. Alimentam-se de insetos e pequenos vertebrados. Macho e fêmea são semelhantes, sem dimorfismo sexual.

Na RPPN encontramos o anu-branco e alma-de-gato.

Anu-branco Guira guira
Esses pássaros barulhentos chegam aos bandos na borda da mata. Também são conhecidos pelo nome de rabo-de-palha. Possuem vários tipos de vocalização. Seu comprimento é em torno de 35 cm a 40 cm. Alimentam-se de pequenos animais, insetos e frutos. Possui um topete descabelado, cauda longa, plumagem em tons bege, mais escura nas asas e cauda. Seu bico é alaranjado.  





Alma-de-gato Piaya cayana
Essa ave é silenciosa, anda pelos galhos das árvores a semelhança de um esquilo, conforme seu nome em inglês, devido as penas longas de sua cauda. Seu comprimento é entre 40 a 50 cm. Sua plumagem no dorso é vermelho alaranjado escuro com o peito cinza. As pontas das penas da cauda são claras. Seu bico é amarelado.   Alimenta-se de insetos e pequenos vertebrados. Formam casais monogâmicos em que os dois cuidam dos filhotes.