sexta-feira, 22 de abril de 2016

Gavião-carijó – Rupornis magnirostris




Gavião-carijó

Nome Científico:  Rupornis magnirostris
Família : Accipitridae
 
 Foto tirada da estrada nas proximidades da RPPN
Nesta quinta-feira quando estava indo trabalhar, agradecendo pela linda natureza avistada pelo caminho na estrada que liga Fazenda Souza a Ana Rech, avistei um gavião-carijó (Rupornis magnirostris) também é conhecido pelo nome de pega-pinto aqui na região. Ele pertence a família Accipitridae, é encontrado em diferentes ambientes, ocorrendo na América do Sul e em  todo o Brasil.
Observando estas aves temos um sensação de imponência e grande admiração pela sua postura, olhar, modo como voam e a sensação de que se deve preservar a natureza para que essa visão possa ser passada para as futuras gerações.
A espécie possui cerca de 36 cm de comprimento, com plumagem em tons de marrom e negro na cabeça e pescoço. Possui o peito carijó branco e bege. Sua alimentação é muito variada, pequenos vertebrados e insetos. Eles vivem em casais, constroem o ninho no alto das árvores, com 50 cm de diâmetro, onde 2 ovos são incubados pela fêmea, que é alimentada pelo macho durante esse período que pode variar em torno de um mês.
As aves de rapina tem um papel importante no equilíbrio da fauna, pois atuam como reguladores da seleção, pois caçam os doentes e defeituosos. Também  evitam a superpopulação de roedores e aves como os pombos que proliferam demasiadamente nos centros urbanos. O gavião-carijó adapta-se a centros urbanos, pois  não é raro encontrá-lo em janelas de prédios ou no alto de árvores e postes.

 Bióloga: Vania Rech Cainelli

Referências biliográficas
- Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira" 
- Disponível  on line: https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil

Lepidópteros


Borboleta-Oitenta-e-Oito


Nome Científico: Callicore pygas
Família: Nymphalidae

Essa borboleta é uma das representantes das borboletas 88, que diferem pelos padrões dos desenhos das asas. Aqui também temos a  diaethria clymena, que mostra mais claramente a marca 88 nas asas. A callicore pygas tem as asas de cor clara, amarelada com marcas pretas.  Ela possui nas asas anteriores uma área vermelha e azul . Envergadura 45 mm.


Borboleta do Manacá

Nome Científico: Methoma themisto
Família : Nymphalidae

Colocam seus ovos no manacá, que também é alimento para suas lagartas.






Borboleta Caixão-de-defunto



Nome Científico: Papilio thoas
Família : Papilionidae
Espécie comum no Brasil, sua envergadura é de 13 cm. Essa espécie vive nas matas, em locais úmidos. Suas plantas hospedeiras podem ser a pariparoba, capeba ou plantas cítricas.






Borboleta Maria-boba 


Nome Científico: Heliconius ethilla narcaea
Subfamília: Heliconiidae
Família: Nymphalidae

Essa borboleta, pelo seu colorido, avisa seus predadores que não pode ser devorada, pois é venenosa! Como lagarta é espinhenta e esbranquiçada. Seu voo é lento, procura flores vermelhas e amarelas, é uma borboleta comum no sul do Brasil . Possui 7 cm de envergadura. Vive nas matas e jardins floridos. Vive até 180 dias. Sua lagarta alimenta-se das folhas da família dos maracujás.








 '                                                  Borboleta pavão-escarlete 

Nome CientíficoAnartia amathea
Família: Nymphalidae

Habita locais úmidos e brejos, o macho tem o vermelho mais forte, enquanto que a fêmea é mais clara. Borboleta comum, hospeda seus ovos nas árvores, arbustos e lianas da família botânica das  Acanthaceae.




 Borboleta pavão-escarlete  sexo feminino


 Borboleta pavão-escarlete (Anartia amathea) sexo masculino, cores mais fortes


Borboleta Castanha-vermelha


Nome CientíficoHeliconius erato phyllis
Família: Heliconiidae


Essa borboleta é hospedeira de várias espécies de maracujá.




Borboleta-Pingos-de-Prata

Nome Científico: Agraulis vanillae
Família: Nymphalidae

Essa borboleta alaranjada é a hospedeira do maracujá. Ela prefere lugares ensolarados. Na face dorsal das asas tem um padrão que lembra gotas prateadas, de onde vem seu nome.





Borboleta Estaladeira  


Nome Científico: Hamadryas februa februa
Família:  Nymphalidae

Esse nome se deve aos estalidos secos que ecoam quando em voo. 75 mm de envergadura.
Estaladeira em pouso no tronco de uma árvore, observe que ela está de cabeça para baixo e é quase invisível devido ao padrão das asas semelhante ao tronco da árvore. 




Todas as fotos de borboletas desta postagens foram tiradas na RPPN  Santa Bárbara e proximidades.
Textos e imagens: colaboração de Vera E. Medeiros e Luciane Baretta

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Bugios alimentam-se de galhos de pinheiro

Os bugios tem uma vocalização muito forte, caracterizada pelo osso hioide desenvolvido, que funciona como uma caixa de ressonância que provoca um som assustador!

Muitas vezes os ouvimos de longe, mas este sábado à tarde eles estavam silenciosos sobre as araucárias mais altas (Araucaria angustifólia)  da “Trilha das Araucárias”.  As plantas dessa trilha são machos, produzem o pólen através de cones alongados que vão polinizar a planta fêmea que produz o pinhão.

               Mês de outubro, cones alongados espocam entre os galhos espinhentos 



 Então nessa parte da ecovila não há pinhões para alimentar os bugios. Mas descobrimos que eles alimentam-se também dos galhos espinhosos das araucárias. No vídeo abaixo, filmado no dia 9 de abril de 2016 à tardinha podemos ver essa refeição.  


Aqui na região habitam as matas de araucária (Araucaria angustifolia) próximas ao arroio. Normalmente são vistos por acaso, pois são muito silenciosos e ao menor sinal de alerta conseguem esconder-se entre os galhos e tronco das árvores.


 Os bugios tem a cauda desenvolvida com um quinto membro, pois com ela conseguem pendurar-se nos galhos e também segurar objetos.

 Como saber quem é quem num grupo de bugios?


Os maiores de cor avermelhada são os machos, em cada grupo há apenas um que é o dominante, o chefe do bando. Os outros machos podem viver no bando até atingir a maturidade sexual, quando vão formar outro bando.  As fêmeas, em maior número,  são de pelagem mais escura e concebem 1 filhote por vez, também de cor escura,  num período em torno de 180 dias, estes são amamentados até os dois anos. 
 Eles podem viver até 20 anos se estiverem livres, pois não se sobrevivem em cativeiro.


Na falta de pinhões, os galhos também servem de alimento.

Para saber mais:

Colaboração: Fotos e texto: Vera E. Medeiros

terça-feira, 5 de abril de 2016

Família Icteridae

Família Icteridae

Essa família de aves, da ordem dos passeriformes é restrita à América. São aves de pequeno e médio porte, com plumagem colorida, ou contrastando com a plumagem preta. Uma das características mais salientes é o bico longo e reto.
Pássaros como o japu, tecelão, guache, iraúna, graúna, garibaldi, vira-bosta, dragão e asa-de-telha são alguns dos representantes desta família.

Na RPPN já avistamos o vira-bosta (molothrus bonariensis), o pássaro-preto (gnorimopsar chopi) e com mais frequência o tecelão (cacicus chrysopterus)

Tecelão
Família Icteridae
Nome Científico: Cacicus chrysopterus

Esse pássaro é visto dentro da mata, ciscando no chão e com mais frequencia no topo das árvores, ou em galhos. Ele nos surpreende com sua diversidade de cantos, às vezes seu canto parece um gato miando, mas outras vezes descansa num galho fazendo movimentos de reverencia enquanto canta. É conhecido também como sargento.
Esse pássaro negro possui 20 cm de comprimento. Possui plumagem amarela no uropígio e coberteiras superiores e médias amarelas. O bico é claro. É assíduo frequentador dos comedores de aves, onde alimenta-se de quirera de milho e frutas.


Às vezes de manhã cedo o tecelão escolhe um poleiro para fazer um ritual em que canta várias vezes.
Inicia o ritual

Ele vai baixando o corpo



 Até ficar de cabeça para baixo
Várias vezes repete cantando


Seu ninho é muito característico semelhante a uma bolsa preta comprida, tecida com grande habilidade.

Ninho do tecelão, encontrado próximo ao arroio, numa parte úmida da mata.

 O vídeo abaixo foi filmado no dia 15 de março de 2016 próximo à casa pipa.


Família Furnariidae

Família Furnariidae
Essa família é muito diversificada, típicas da América. A coloração da plumagem é uniforme, em tons ocre e castanho. Algumas espécies tem a cauda, longa e espinhenta para facilitar sua locomoção nos troncos e galhos de árvores a cata de insetos. Cada gênero possui um bico característico. Habitam vários biomas, mas no sul do Brasil há maior diversidade. Alimentam-se essencialmente de insetos. O joão-de-barro também faz parte dessa família (furnarius rufus), bem adaptado a ambientes alterados pelo homem, mas há espécies que são prejudicadas com a alteração de seu habitat.
Segundo a Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Furnariidae), essa família reúne cerca de 71 gêneros e 236 espécies, das quais a maior parte são endêmicas da América do Sul.
Na RPPN já foram vistos as seguintes espécies
Grimpeiro (Leptasthenura setaria) – Nas araucárias
João-de-barro (furnarius rufus) – Em lugares mais abertos
Trepadorzinho (Heliobletus contaminatus) – Dentro da mata, próximo ao arroio
Trepador-quiete (Syndactyla rufosuperciliata) – Ciscando no chão e nos troncos e galhos da mata.
Trepador-quiete
Nome Científico: Syndactyla rufosuperciliata
Comprimento: 17 cm
Família: Furnariidae
Subfamília: Philydorinae – (Essa subfamília possui 32 espécies no Brasil)

Plumagem: Rajado no peito, costas em tons de marrom, cauda avermelhada. Faixa branca sobre o olho. A garganta é mais clara. Pula de galho em galho vocalizando enquanto captura insetos nas árvores.
Alimentação: insetívoro
Reprodução: Três ovos são incubados em cavidades naturais ou ninhos de pica-paus.
Ocorrência: Sudeste e sul do Brasil


As fotos abaixo foram tiradas na manhã do dia 02 de abril de 2016, na mata próxima ao alojamento. 








Vídeo: